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La Jetée Chris Marker (1 de 3)
30 janeiro 2009
27 janeiro 2009
25 janeiro 2009
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Pastelaria Portugal
hoje enquanto bebia o abatanado sagrado, ouvi no tom gritado em que as pessoas mais saudosistas, reaccionárias e ignorantes normalmente falam : "eu cá se forem duas mulheres a adoptar uma criança até aceito, agora dois homens é que não, isso nunca, era só o que faltava (pausa)... e duas mulheres adoptarem uma criança do sexo masculino, sim, porque se elas são homens então só podem criar um homem."
Cuspi o abatanado. Saí a correr. Queria ter-lhes batido.
Pastelaria Portugal
hoje enquanto bebia o abatanado sagrado, ouvi no tom gritado em que as pessoas mais saudosistas, reaccionárias e ignorantes normalmente falam : "eu cá se forem duas mulheres a adoptar uma criança até aceito, agora dois homens é que não, isso nunca, era só o que faltava (pausa)... e duas mulheres adoptarem uma criança do sexo masculino, sim, porque se elas são homens então só podem criar um homem."
Cuspi o abatanado. Saí a correr. Queria ter-lhes batido.
23 janeiro 2009
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Às vezes vêm-nos sonhos estranhos, impossíveis, nada naturais; ao acordarmos lembramo-nos deles com nitidez e admiramos este facto estranho: lembramo-nos, antes do mais, de que o juízo sempre esteve connosco enquanto sonhávamos; lembramo-nos, até, que agíamos de modo extremamente manhoso e lógico durante aquele longo, muito longo tempo em que estivemos rodeados de assassinos, assassinos que eram astutos connosco, que escondiam as suas intenções, que nos tratavam amigavelmente, quando já tinham as armas preparadas e esperavam apenas o sinal; lembramo-nos com que esperteza conseguíamos, finalmente, enganá-los, esconder-nos deles; depois percebíamos que eles conheciam de cor e salteado todas as nossas artimanhas e apenas faziam de conta que não conheciam o nosso esconderijo; mas voltávamos a enganá-los, lembramo-nos disso tudo nitidamente. Mas porque razão, ao mesmo tempo, a nossa mente se conformava a tantos absurdos e impossibilidades que enchiam o nosso sonho? Um dos assassinos, aos nossos olhos, transformava-se em mulher, e depois num anão, pequeno, astuto, asqueroso - e aceitávamos tudo isso de imediato como facto consumado, quase sem perplexidade, e precisamente no momento em que a nossa mente, por outro lado, estava extremamente tensa, manifestando força extraordinária, habilidade, perspicácia, lógica? Por que razão, ao acordarmos e ao entrarmos por completo no mundo real, sentimos quase sempre , e às vezes com a força da impressão indelével, que deixámos no sonho alguma coisa por desvendar? Rimo-nos do absurdo do nosso sonho e sentimos, ao mesmo tempo, que no emaranhado de absurdos do sonho existe uma ideia, uma ideia já real, uma coisa que faz parte da nossa vida real, uma coisa que existe e sempre existiu no nosso coração; parece que o nosso sonho nos disse alguma coisa nova, profética, ansiada por nós; a nossa impressão é forte, é feliz ou dolorosa, mas em que consiste e o que nos foi de facto dito - isso não somos capazes de compreender nem recordar.
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O Idiota, Dostoiévski

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O Idiota, Dostoiévski
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Mulheres:
Se alguém quiser um destes (espanta-te Miguel! - mas o copo é cómodo e lógico.)tenho um código para um desconto de 3£ para 3 interessadas. Aproveitem, vale a pena.
(Obrigada à Miss Spring por me ter relembrado que isto existe.)
Mulheres:
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(Obrigada à Miss Spring por me ter relembrado que isto existe.)
21 janeiro 2009
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Histórico
(não sei de onde parti)
(passei no mesmo lugar duas ou três vezes)
(não me lembro de tudo)
teatro praga
cosmicmegabrain
springtalks
6 minutos de fama
matraquilho
teatro anatómico
miss dove
museu supernova
mulher bala
gonçalo pena
mylinhtrieu
sensitive
Histórico
(não sei de onde parti)
(passei no mesmo lugar duas ou três vezes)
(não me lembro de tudo)
teatro praga
cosmicmegabrain
springtalks
6 minutos de fama
matraquilho
teatro anatómico
miss dove
museu supernova
mulher bala
gonçalo pena
mylinhtrieu
sensitive
19 janeiro 2009
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Less cell phones MORE MUSIC
Este fim de semana fomos ver The Fall na Casa da Música. Estava feliz e desejosa por vê-los ao vivo mas o concerto foi uma grande merda. O som estava mau, alto, embrulhado e confuso e a experiência acabou por ser apenas torturante. O técnico, atrás das luzes, arruinou o concerto e foi por vergonha que não o desanquei.
O concerto foi promovido por uma conhecida marca de telemóveis. Não vou a festivais porque além das multidões, não suporto a agressão da publicidade que ali se pratica. Detesto espreitar para o palco entre chouriços laranjas, lencinhos vermelhos e balões azuis. Acho incrivel que se pague um tostão para ser assediado violentamente. E isto agora parece acontecer em todas as salas "grandes" de espectáculos. Para ver o Mark E. Smith no sábado tive que me desviar de estrelas laranjas brilhantes e dizer muitas vezes Não, obrigada a umas miúdas, todas loiras e com largos sorrisos, que me tentaram impingir jornais, lenços e estrelas a cada fria esquina da obra do Rem Koolhaas.
Causa-me asco e raiva ver a música cada vez mais associada a estes grupos empresariais e marcas e tanta gente ser veículo publicitário mais ou menos inconsciente. E que ninguém diga não.
Amen!
Less cell phones MORE MUSIC
Este fim de semana fomos ver The Fall na Casa da Música. Estava feliz e desejosa por vê-los ao vivo mas o concerto foi uma grande merda. O som estava mau, alto, embrulhado e confuso e a experiência acabou por ser apenas torturante. O técnico, atrás das luzes, arruinou o concerto e foi por vergonha que não o desanquei.
O concerto foi promovido por uma conhecida marca de telemóveis. Não vou a festivais porque além das multidões, não suporto a agressão da publicidade que ali se pratica. Detesto espreitar para o palco entre chouriços laranjas, lencinhos vermelhos e balões azuis. Acho incrivel que se pague um tostão para ser assediado violentamente. E isto agora parece acontecer em todas as salas "grandes" de espectáculos. Para ver o Mark E. Smith no sábado tive que me desviar de estrelas laranjas brilhantes e dizer muitas vezes Não, obrigada a umas miúdas, todas loiras e com largos sorrisos, que me tentaram impingir jornais, lenços e estrelas a cada fria esquina da obra do Rem Koolhaas.
Causa-me asco e raiva ver a música cada vez mais associada a estes grupos empresariais e marcas e tanta gente ser veículo publicitário mais ou menos inconsciente. E que ninguém diga não.
Amen!
15 janeiro 2009
08 janeiro 2009
04 janeiro 2009
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Porthos devient Hamlet
(Vi o filme uma vez há muito tempo. Hoje acordei com um título para esta cena (acho mesmo que foram as primeiras palavras que pensei), a imaginar ligações entre esta conversa e a tragédia do Príncipe da Dinamarca. Estou de cama há 3 dias, com febres altas, por isso desculpem o delírio pobre mas fiquem com a beleza da cena)
Porthos devient Hamlet
(Vi o filme uma vez há muito tempo. Hoje acordei com um título para esta cena (acho mesmo que foram as primeiras palavras que pensei), a imaginar ligações entre esta conversa e a tragédia do Príncipe da Dinamarca. Estou de cama há 3 dias, com febres altas, por isso desculpem o delírio pobre mas fiquem com a beleza da cena)